sábado, 20 de agosto de 2011

NOVOS PARADIGMAS DE SALA DE AULA: CINCO MANDAMENTOS PARA UMA TRANSIÇÃO FELIZ

Transformar uma sala de aula tradicional em um ambiente multimídia só produz os resultados esperados – alunos que aprendem mais e melhor – quando, em paralelo, acontece o mais importante: investir no professor, investir no professor e investir no professor.

Portal do CPP
O uso das novas tecnologias educacionais na sala de aula está, hoje, num momento de profunda avaliação. Foi-se o tempo em que se comprava tecnologia por tecnologia; educação, algo fundamental para o crescimento e o amadurecimento de um país, não pode ficar nas mãos do mercado. Em todas as regiões do Brasil há, hoje, educadores e pesquisadores tentando mapear o quanto, de fato, o uso dessas soluções está ajudando o aluno a aprender mais e melhor, com menos problemas de comportamento, menos evasão escolar. Aprender é um trabalho duro que pode ou não ser facilitado pelo uso dessas novas tecnologias.

Aqui vão os 5 mandamentos de como seria caminhar em direção à sala de aula interativa da forma mais eficaz possível:

1) Manter o foco no professor, e não na tecnologia. A mera instalação na sala de aula de equipamentos interativos não garante que a classe esteja tendo uma aula interativa, com acesso a novas experiências educacionais. Mais importante do que comprar o produto A ou B é investir tempo e dinheiro para ajudar o professor a se apaixonar por esta nova infraestrutura multimídia e, a partir daí, passar a desenvolver novas aulas. Esse é um desafio importante, e que depende da diretoria de cada escola e da visão de cada fornecedor de soluções educacionais para ser vencido. O professor tem de sentir que ganha, e muito, ao abandonar seus antigos métodos em sala de aula e passar a usar de forma criativa e provocadora as novas tecnologias. Mais do que capacitar o professor quando a nova tecnologia entra na sala de aula, é fundamental manter programas de reciclagem em longo prazo.

2) Oferecer para o professor acesso a uma comunidade para o desenvolvimento de novos conteúdos e novos modelos de aula. Não cabe ao fornecedor A ou B ou à entidade educacional C ou D ser a fonte de conteúdos revolucionários, que farão o melhor uso das novas tecnologias de sala de aula. Esses personagens podem e devem suportar o desenvolvimento desses conteúdos. É papel do professor, de pesquisadores, de especialistas em educação, “inventar” novas e atraentes aulas a partir do novo ambiente educacional. Comunidades locais, comunidades interligadas por redes sociais, comunidades internacionais e comunidades voltadas ao desenvolvimento de conteúdos específicos sobre disciplinas específicas (Português, Matemática, Ciência, etc.) são essenciais para suportar a missão do professor audaz, que anseia desvendar novos horizontes e cativar os alunos ao longo de toda esta caminhada.

3) Fale com quem usa esta tecnologia antes de comprar essas soluções. Procure visitar escolas que já tenham vivido esse processo de transição – migrar de salas de aulas tradicionais para salas multimídia – para saber a verdade sobre esta tendência. Vale a pena falar com os diretores, com os professores e, se possível, acompanhar aulas que aconteçam dentro da sala multimídia. Isso dará à pessoa que busca novos horizontes na educação a percepção do que realmente faz diferença para os alunos, o que é apenas uma mudança cosmética.

4) Prepare-se para aprender muito e mudar seus paradigmas. O verdadeiro educador sabe que tudo muda nesta área e que é impossível voltar ao passado. Em 1910, a Universidade de Chicago realizou um estudo para determinar por quanto tempo um aluno conseguiria prestar atenção à aula. Chegou-se à conclusão de que 50 minutos eram o tempo máximo que um professor conseguiria prender a atenção de um aluno. Estudos recentes realizados também nos EUA mostram que, agora, o tempo máximo de concentração limita-se a intervalos de 8 minutos. Em educação, a quebra de paradigmas não tem fim. O aluno que parece não estar prestando atenção na aula, checando mensagens no Twitter, pode estar procurando informações essenciais para a discussão em sala de aula; numa universidade, o aluno que troca mensagens via Facebook com seu amigo pode estar simplesmente realizando um trabalho em grupo.

5) Nunca esqueça a importância de um conteúdo bem construído. A infraestrutura da sala multimídia pode ajudar o professor a dar uma aula brilhante, atraente, que mantém os alunos conectados a ele todo o tempo. Mas isso não diminui a importância da sólida formação em conhecimentos, da capacidade de estar sempre atualizado. Esse é um valor eterno da educação. Com as novas tecnologias educacionais, a única diferença é que a forma de transmitir esses conhecimentos também é mais atualizada.

A beleza do momento que vivemos hoje é que muitos educadores caminhaam ao encontro da cultura (inclusive cibernética) e dos comportamentos de seus alunos. Boa parte do corpo docente está pronta a ver na tecnologia uma aliada. Isso significa transformação.


Ponto de Vista de Gonçalo Margall é diretor da Sapienti, empresa pioneira no segmento de Tecnologia Educacional.

SECOM/CPP




sexta-feira, 19 de agosto de 2011

INTERATIVIDADE - AMBIENTES E ESPAÇOS ESCOLARES


A Lei nº 11.274, de 6 de fevereiro de 2006, ,modifica o texto da LDBEN nº 9.394/96, ampliando o ensino fundamental para nove anos de duração (inciso I do parágrafo 3º, artigo 30), estabelecendo o prazo de implantação pelos sistemas de ensino até 2010 (artigo 5º).
No papel ficou assim, mas vamos ver na prática: Estamos em 2011 e em um dos estados mais ricos da Federação – São Paulo, encontramos o ensino fundamental dividido em dois níveis: Ensino Fundamental e Ensino Fundamental de 9 anos. As crianças que freqüentam o ensino fundamental, nada mudou em termos de estrutura da escola, escolha de livros, materiais pedagógicos etc. No ensino fundamental de 9 anos, pouco coisa mudou.
Na estrutura, as escolas públicas ainda não se adequaram para receber as crianças de 6 anos com suas especificidades. Aqui aponto alguns itens que ainda não fazem parte do cotidiano do Ensino Fundamental de 9 anos nas escolas públicas
*Parque
*Brinquedoteca
*Organização curricular que integra várias linguagens.
*Presença do lúdico para o desenvolvimento do letramento.
*Redução do número de alunos por turma, pois 30 para uma única turma e um único professor é insuficiente, pois as crianças nessa faixa etária apresentam especificidades que deverão ser saciadas pelo adulto, necessitando assim de uma auxiliar dia-a-dia.
*Um projeto interdisciplinar, onde o letramento e a integração das linguagens aparecem em todos os momentos da rotina e não mais segmentado em disciplinas.
*Espaço para atividades diversas: na biblioteca, roda de estória, jogos espaço de artes, cantar e ouvir música.
Esses itens apontados anteriormente, podem ainda não estarem totalmente efetivado, mas muita coisa, o professor, a equipe gestora e os demais segmentos da escola, podem fazer acontecer.
Pense na escola que você está, descubra os espaços físicos fora da sala de aula, que você pode aproveitar para desenvolver algum tipo de atividade com seus alunos. O espaço físico de sua sala de aula, pense na possibilidade de montar “cantinhos” ex.
*Cantinho de leitura – livros, gibis, gravuras, globo terrestre, mapas, calendário.
*Cantinho de matemática – jogos, palitos, tampinhas para contagem, ábaco, material dourado, fita métrica.
*Cantinho de brincar – brinquedos lúdicos.
*Cantinho de artes – tinturas, materiais diversos, carimbos, fantoches
Você deve estar pensando: “Colocar tudo isso, mais os alunos e as carteiras?”. Não, são só indicações, que você vai estabelecendo junto com os seus alunos.
Os alunos fazem parte da construção de uma nova sala de aula, assim eles também são responsáveis pela conservação, limpeza e arrumação dos mesmos.
O plano de ensino do 1º ano do Ensino Fundamental de 9 anos, dispõe de objetivos no campo das linguagens, matemática e ciências naturais e humanas, tendo como base o jogo e o letramento.
Os conteúdos curriculares na modalidade disciplinar, dão espaço as atividades relacionadas às linguagens integradas (artes visuais, música, teatro, literatura e expressão corporal).
No espaço externo, que seria o parque, atividades livres ou dirigidas como os jogos de percurso e, no interior da sala, no tempo curricular “Espaço”, desenvolve-se outras linguagens opcionais como jogos de construção, regras, escrita, desenho, recorte/colagem, leitura e modelagem.
A brinquedoteca, pode ser um espaço de brincar, dentro ou fora da sala de aula. Os brinquedos podem ser disponibilizados pela escola APM/CE ou trazidos pelos próprios alunos. Além dos brinquedos, temos também o espaço da sala de informática, com softwares educativos, onde a tecnologia é disponibilizada, não só com computadores e internet, mas também o vídeo e TV.
A rotina semanal de uma classe de 1º ano do Ensino Fundamental de 9 anos, tem de ser diferenciada, pois tem de haver uma adequação dos recursos pedagógicos, referendando os jogos, o lúdico e a exploração do material concreto pelas crianças.


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

PROFESSOR E A INTERATIVIDADE EM SALA DE AULA

Com a presença das tecnologias em sala de aula, criaram-se nas escolas, as salas de aula “interativa”. Fui buscar o significado do termo ‘Interatividade” e, lendo o livro SALA DE AULA INTERATIVA, o autor expõe que “Interatividade não é apenas fruto de uma tecnicidade informática, mas um processo em curso de reconfiguração das comunicações humanas em toda a sua amplitude.”
Aqui, comunicação humana me direciona no processo ensino-aprendizagem que ocorre na sala de aula. A comunicação humana na escola é vista como aluno e professor, transmissor e receptor.
O professor “transmite” os conhecimentos, com a ajuda do livro didático, onde é disposto o conteúdo a ser “dado”, por níveis e o aluno “recebe” esses conteúdos, na crença de que está ‘aprendendo algo”.
Nos dias atuais, com a informação se renovando a cada instante e a importância do sujeito como colaborador dessa informação, o que se vê em sala de aula é somente a transmissão de conteúdos, que muitas vezes não é significativo para o aluno.
A partir do momento que colocarmos o aluno como sujeito do processo, necessitamos de integrá-lo no conhecimento, pois ele faz o conhecimento.
O livro didático tem de ser visto não como uma “obra acabada”, mas como elementos pré-definidos de acordo com os PCN’s, onde seria um ponto de partida para o conhecimento. O seu conteúdo não se esgota em si, mas direciona à caminhos, combinações e relações. Esses caminhos pode-se dizer que seriam “conhecimentos em rede”.
A aprendizagem não seria mais linear e unidirecional, mas sim conexões de aprendizagem bidirecional: aluno ↔ professor, além de conhecimentos externos a sala de aula, ex. Internet.
Qual o papel do professor?
Para um professor trabalhar a não linearidade, mas sim conexões de aprendizagem, ele precisa saber articular essas conexões.
O professor está preparado para essa mudança?
Nós, aqui me incluo também, nunca estamos totalmente preparados, mas temos de ter consciência de que temos de estar em constante formação e informação. Se o ensino está mudando, o nosso aluno, já não é o mesmo da década passada, obrigatoriamente o professor também tem de se renovar.
Com essa renovação, o livro didático fica ultrapassado?
O livro didático não é ultrapassado e nunca será, ele é uma das formas de adquirir conhecimento. Uma plataforma de conteúdos e programas, onde integrado com outras mídias, favorece a expansão dos conhecimentos mais significativos para o aluno.

domingo, 7 de agosto de 2011

PESQUISA LIVRO DIDÁTICO E MÍDIAS EDUCACIONAIS

PESSOAL, GOSTARIA SE PUDESSEM ME RESPONDER A ESSE QUESTIONÁRIO, POIS ESTOU FAZENDO UMA PÓS SOBRE O LIVRO DIDÁTICO E AS MÍDIAS. O MEU PÚBLICO ALVO É REALMENTE AQUELE QUE TRABALHA COM MÍDIAS.

A escola deve proporcionar a utilização de uma diversidade de recursos didáticos para tornar o ensino-aprendizagem mais eficiente e mais prazeroso. Os recursos didáticos tem de ser vistos como mediadores entre o aluno e a aprendizagem. Além do livro didático, disponível em todas as escolas e escolhido pelo próprio professor, temos também as medias disponíveis, como o computador e a internet.
Aqui em São Paulo, a maioria das escolas públicas, possuem uma sala de informática, com computadores ligados em rede, Se olharmos esses dois pólos: livro didático X internet, vemos que existem alguns questionamentos e ai gostaria de sua opinião:
Para que serve o livro didático ? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
O livro didático é considerado uma mídia? ( ) sim ( ) não Porque?___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
O que são mídias ? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
O livro didático é produtor ou reprodutor de conteúdo ?
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
O aluno “decora” esse conteúdo ou aprende a “interagir” com ele ?
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
O conteúdo do livro didático é significativo para o aluno?
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
A distribuição desse livro pelo MEC, garante a aprendizagem do aluno?
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
O conteúdo do livro didático se esgota em si?
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Um livro adotado por três anos, pode ser/estar atualizado?
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Já sei, sou muito questionadora, mas quem não questiona, não muda, não evolui e evoluir faz parte do condicionamento humano.Podem me mandar por email, ficarei grata


Grata
Eliana Lourenço Marques
email; elicaroll@uol.com.br